terça-feira, 12 de novembro de 2019

Reflexão da primeira semana do estagio.


Em todos os momentos de nossas vidas estamos sempre descobrindo algo, de maneira formal ou informal, de meio atento ou desatento, nesse meio tempo, gostaria de salientar um dos momentos que está contribuindo consideravelmente para minha formação enquanto pessoa e futura pedagoga. O estágio no ensino fundamental 1, onde estou tento o prazer de conviver com a regência de perto pela segunda vez, é uma busca constante de conhecimentos e é justamente nesse período da vida de um cientista da educação que se inicia a preparação ou não para enfrentar a realidade da sala de aula.
A primeira semana foi marcada de incertezas, inseguranças e muitos desafios, depois das experiências com observações, investigações em outras escolas eu acreditava que já estava instruída para o ultimo estagio. Me recordo que cheguei na escola com a impressão de estar vivendo tudo novamente rememorando alguns detalhes do primeiro estágio referente à educação infantil, os momentos de gritaria, mordidas e furos no braço feitos com aponta do lápis, as crianças inquietas e as fofocas que não mas me abalavam, o desespero das estagiarias para findar a tarde, com essa experiência do primeiro estágio ficava me perguntando como seria nessa segunda etapa.
Confesso que não esperava muito desse último estágio, até pelo simples fato de não ter uma relação com a alfabetização me recordo em ter dito para alguns (a) colegas que nunca seria professora de alfabetização e na primeira semana de regência muita coisa mudou inclusive meu pensamento.
Então veio a primeira semana de regência e com ela as expectativas e o medo que não me largava, e, no primeiro dia a melhor parte foi a surpresa, referente a minha postura ao me deparar com uma turma muito educada fui maravilhosamente recepcionada por àquelas crianças com sede e desejo de aprender uma das grandes diferenças que eu tive a oportunidade de comparar é a afetividade das crianças do estágio atual, amorosas e cheias de afetos  enquanto no outro estagio não recebia abraços e bilhetes dos alunos, durante esse período eu me tornei uma pessoa reflexiva e cheia de transformações positivas, então toda insegurança se transformou em confiança e o segundo dia não esperava tantos abraços de seres humanos receptivos, ao escrever essas linhas os meus olhos encheram de lágrimas ao relembrar aquela cena dos abraços apertados, cena essa que acontece todos os dias enquanto eu estiver lá na escola, aqueles abraços por aquelas pessoas tão pequeninas e ao mesmo tempo tão gigantes.
No terceiro dia assim como o restante da semana confesso que veio alguns desafios e momentos de conflitos tanto por questões de disciplina como também a regência, pois não é fácil estar em uma sala de aula com 23 alunos depois de tantas teorias, a prática é bem diferente quando dita em sala de aula no momento das aulas teorias.

 A teoria ela se distancia da pratica justamente por faltar contextualizações a mesma precisa ser condizente com a realidade. O combustão da motivação é olhar para cada rostinho e lembrar que eles dependem de nós e nós dependemos deles, é o famoso aprender a aprender. O professor é um ser reflexivo, o estágio supervisionado é uma oportunidade, a de entrar em contato com a realidade educacional das nossas escolas, e a experiência na sala de aula. Nesses momentos eu pude refletir sobre nossa reflexão-ação-reflexão, compreendi que o ato de educar vai muito mais do que simplesmente transmitir conteúdo, precisa-se que o processo de educação seja pensado, refletido. Como já dizia Paulo Freire “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”

Um comentário:

  1. Oi Crisdarle,
    Muito boa as suas reflexões sobre a primeira semana de estágio. A iniciação á docência se dá assim mesmo, com inquietações, dúvidas, medo de errar e ansiedade. Entretanto, fico feliz em saber que vc se reencontrou com a docência em uma sala de alfabetização. Parabéns e continue suas reflexões.

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