
O processo de desenvolvimento do estágio na segunda semana envolveram situações diferenciadas de aprendizagem e formação. Com a necessidade de algumas alterações na elaboração do plano de trabalho, no que diz respeito ao chão da escola e suas atuações, pude compreender o cotidiano de uma sala de aula e passei a considerar o estágio como parte importante do meu processo de formação, sendo este o elemento que nos possibilita uma interação mais próxima com o simples. As vivências da regência me fizeram rememorar o período de observação.
A observação foi essencial para que pudéssemos
vivenciar a rotina da turma e da professora, e nos ajudou na modificação e
reelaboração do plano de aula podendo assim ter a facilidade de executar o
famoso plano b.
Conhecer mais a turma e as especificidades e dificuldades de
cada aluno foi fundamental. Freire (1992, p.14) ao atribuir a observação ao ato pedagógico
analisa que:
Observar
uma situação pedagógica é olhá-la, fitá-la, mirá-la, admirá-la, para ser
iluminado por ela. Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas sim
fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela na
cumplicidade pedagógica.
A observação não é uma coisa vaga e sem utilidade, ela é um importante instrumento de análise crítica sobre determinada realidade e me ajudou quando estava na regência. Foi a partir do período de observação que elaboramos o nosso projeto de intervenção em cima das necessidades de cada aluno e do diagnóstico encontrado, todo trabalho cuidadoso daquele período de observação veio passar a valer a pena no momento que estava na atuação principalmente no período das explicações das atividades sejam elas individuais ou coletivas.
A convivência com as crianças nessa
segunda semana foi de aprendizado, me possibilitou uma ampliação no campo da
formação enquanto futura professora. É uma passagem vivida fora da Universidade
que nos permite enquanto alunos e futuros profissionais da educação uma ampla parcela
para a nossa formação, na medida em que nos viabiliza entender e experimentar o
cotidiano de uma escola e refletir sobre as práticas pedagógicas, [...] “o
estágio curricular se bem fundamentado, estruturado e orientado, configura-se
como um momento de relevante importância no processo de formação dos futuros
professores” (FELÍCIO; OLIVEIRA, 2008, p. 217).
Ao se tratar da
ludicidade e que esta é necessária para prender a atenção do aluno, concordo
inteiramente pois eu passei a utilizar métodos lúdicos fazendo com que a
aprendizagem aconteça de forma natural por meio das brincadeiras, principalmente
nas aulas de matemática já que não são bem atrativas para a maioria.
O período de estágio está
me fazendo refletir, sistematizar e testar conhecimentos que vivenciei durante
o curso de graduação até o momento, reconhecer que, apesar da formação
oferecida em sala de aula o fundamental é a teoria na pratica pois a teoria
sozinha não é suficiente para preparar os alunos para o pleno exercício de sua
profissão. De acordo com o Conselho Nacional de Educação, o Estágio Curricular
é definido como um:
[...] tempo de aprendizagem que, através de um
período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender
a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o
estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional
reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário.
(BRASIL, 2001, p. 10)
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