sábado, 23 de novembro de 2019




O processo de desenvolvimento do estágio na segunda semana envolveram situações diferenciadas de aprendizagem e formação. Com a necessidade de algumas alterações na elaboração do plano de trabalho, no que diz respeito ao chão da escola e suas atuações, pude compreender o cotidiano de uma sala de aula e passei a considerar o estágio como parte importante do meu processo de formação, sendo este o elemento que nos possibilita uma interação mais próxima com o simples. As vivências da regência me fizeram rememorar o período de observação.

 A observação foi essencial para que pudéssemos vivenciar a rotina da turma e da professora, e nos ajudou na modificação e reelaboração do plano de aula podendo assim ter a facilidade de executar o famoso plano b. 
Conhecer mais a turma e as especificidades e dificuldades de cada aluno foi fundamental. Freire (1992, p.14) ao atribuir a observação ao ato pedagógico analisa que:
                                  Observar uma situação pedagógica é olhá-la, fitá-la, mirá-la, admirá-la, para ser iluminado por ela. Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas sim fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela na cumplicidade pedagógica.





 A observação não é uma coisa vaga e sem utilidade, ela é um importante instrumento de análise crítica sobre determinada realidade e me ajudou quando estava na regência.
Foi a partir do período de observação que elaboramos o nosso projeto de intervenção em cima das necessidades de cada aluno e do diagnóstico encontrado, todo trabalho cuidadoso daquele período de observação veio passar a valer a pena no momento que estava na atuação principalmente no período das explicações das atividades sejam elas individuais ou coletivas.
A convivência com as crianças nessa segunda semana foi de aprendizado, me possibilitou uma ampliação no campo da formação enquanto futura professora. É uma passagem vivida fora da Universidade que nos permite enquanto alunos e futuros profissionais da educação uma ampla parcela para a nossa formação, na medida em que nos viabiliza entender e experimentar o cotidiano de uma escola e refletir sobre as práticas pedagógicas, [...] “o estágio curricular se bem fundamentado, estruturado e orientado, configura-se como um momento de relevante importância no processo de formação dos futuros professores” (FELÍCIO; OLIVEIRA, 2008, p. 217).


Ao se tratar da ludicidade e que esta é necessária para prender a atenção do aluno, concordo inteiramente pois eu passei a utilizar métodos lúdicos fazendo com que a aprendizagem aconteça de forma natural por meio das brincadeiras, principalmente nas aulas de matemática já que não são bem atrativas para a maioria.


O período de estágio está me fazendo refletir, sistematizar e testar conhecimentos que vivenciei durante o curso de graduação até o momento, reconhecer que, apesar da formação oferecida em sala de aula o fundamental é a teoria na pratica pois a teoria sozinha não é suficiente para preparar os alunos para o pleno exercício de sua profissão. De acordo com o Conselho Nacional de Educação, o Estágio Curricular é definido como um:

 [...] tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim o estágio supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. (BRASIL, 2001, p. 10)

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Reflexão da primeira semana do estagio.


Em todos os momentos de nossas vidas estamos sempre descobrindo algo, de maneira formal ou informal, de meio atento ou desatento, nesse meio tempo, gostaria de salientar um dos momentos que está contribuindo consideravelmente para minha formação enquanto pessoa e futura pedagoga. O estágio no ensino fundamental 1, onde estou tento o prazer de conviver com a regência de perto pela segunda vez, é uma busca constante de conhecimentos e é justamente nesse período da vida de um cientista da educação que se inicia a preparação ou não para enfrentar a realidade da sala de aula.
A primeira semana foi marcada de incertezas, inseguranças e muitos desafios, depois das experiências com observações, investigações em outras escolas eu acreditava que já estava instruída para o ultimo estagio. Me recordo que cheguei na escola com a impressão de estar vivendo tudo novamente rememorando alguns detalhes do primeiro estágio referente à educação infantil, os momentos de gritaria, mordidas e furos no braço feitos com aponta do lápis, as crianças inquietas e as fofocas que não mas me abalavam, o desespero das estagiarias para findar a tarde, com essa experiência do primeiro estágio ficava me perguntando como seria nessa segunda etapa.
Confesso que não esperava muito desse último estágio, até pelo simples fato de não ter uma relação com a alfabetização me recordo em ter dito para alguns (a) colegas que nunca seria professora de alfabetização e na primeira semana de regência muita coisa mudou inclusive meu pensamento.
Então veio a primeira semana de regência e com ela as expectativas e o medo que não me largava, e, no primeiro dia a melhor parte foi a surpresa, referente a minha postura ao me deparar com uma turma muito educada fui maravilhosamente recepcionada por àquelas crianças com sede e desejo de aprender uma das grandes diferenças que eu tive a oportunidade de comparar é a afetividade das crianças do estágio atual, amorosas e cheias de afetos  enquanto no outro estagio não recebia abraços e bilhetes dos alunos, durante esse período eu me tornei uma pessoa reflexiva e cheia de transformações positivas, então toda insegurança se transformou em confiança e o segundo dia não esperava tantos abraços de seres humanos receptivos, ao escrever essas linhas os meus olhos encheram de lágrimas ao relembrar aquela cena dos abraços apertados, cena essa que acontece todos os dias enquanto eu estiver lá na escola, aqueles abraços por aquelas pessoas tão pequeninas e ao mesmo tempo tão gigantes.
No terceiro dia assim como o restante da semana confesso que veio alguns desafios e momentos de conflitos tanto por questões de disciplina como também a regência, pois não é fácil estar em uma sala de aula com 23 alunos depois de tantas teorias, a prática é bem diferente quando dita em sala de aula no momento das aulas teorias.

 A teoria ela se distancia da pratica justamente por faltar contextualizações a mesma precisa ser condizente com a realidade. O combustão da motivação é olhar para cada rostinho e lembrar que eles dependem de nós e nós dependemos deles, é o famoso aprender a aprender. O professor é um ser reflexivo, o estágio supervisionado é uma oportunidade, a de entrar em contato com a realidade educacional das nossas escolas, e a experiência na sala de aula. Nesses momentos eu pude refletir sobre nossa reflexão-ação-reflexão, compreendi que o ato de educar vai muito mais do que simplesmente transmitir conteúdo, precisa-se que o processo de educação seja pensado, refletido. Como já dizia Paulo Freire “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”

terça-feira, 5 de novembro de 2019

CIENTISTA DA EDUCAÇÃO EM FORMAÇÃO


Eu sempre espero que o novo dia traga algo melhor que o anterior, mesmo com as incertezas da vida prefiro acreditar naquele antídoto chamado esperança.
Ela vem me acordar toda manhã, a esperança de um dia melhor na perspectiva da   essência do amor, o amor que nos traz a paz e o anseio de que tudo de lindo nos refaça, que tudo de abençoado nos acompanhe desde as coisas mais simples até aquelas que parecem impossíveis nos ensinando a fortalecer a fé depois do sono de um pais amargurado, despedaçado onde existem lugares iguais e diferentes na educação.
Como todos os tempos apelam e este tempo requer, hoje abro este espaço para uma reflexão na formação docente, um convite para a abertura de espaços na educação onde poderemos começar, desde já, a criar novas realidades em uma manifestação de acolhimento e diálogo, com os professores nas suas condições de trabalho, e em um convite para o sentido que torna a ideia de sociedade algo concreto: nosso desejo de viver uma vida em comum, sem exclusões.
Nosso tempo hoje requer leveza, humor, encantamento pela profissão uma educação com profissionais reflexivos poetas e artistas com os corações dispostos a amar e ajudar a ensinar que lembram para a humanidade que a diversidade faz parte da nossa cultura que a cada tempo e era vivida que a imaginação, a poesia, a esperança e o amor são os principais antídotos contra as guerras reais às guerras simbólicas que o século 21 nos brinda e que seja de paz e tranquilidade o nosso caminhar no ensinar.

Por: Crisdarle Mendes.